quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Meias trocadas

Sempre acreditei no amor. Não aqueles de novela, em que as pessoas se amam e fazem sexo o dia todo. Acredito em um amor mais realista, aquele que a gente briga, odeia de um dia para o outro, grita e diz que vai esquecer, mas depois de algumas horas não se aguenta de saudade, liga e fica horas no telefone falando que ama. Eu inclusive digo em alto e bom som que quero casar, ter filhos, cuidar da casa, do marido, acordar de manhã para fazer café, passar roupas, vida de Amélia mesmo.
Só que agora... Agora eu quero me permitir um pouco, conhecer gente diferente, descansar da canseira que o AMOR dá. Quero não dar muita importância ou valor para algumas pessoas. É que a dedicação cansa. Demora, mas você cansa. Pode não deixar de amar, ou simplesmente odiar, aquele ódio que significa amor escondido. A gente cansa de esperar o telefone tocar, a carta chegar pelo correio, a janelinha do MSN piscar lentamente. Cansa, inclusive, de desejar coisas boas, coisas prósperas, um futuro. Um futuro que você também fez questão de cuidar junto, ou pelo menos tentou e não teve resultado. Às vezes ficamos ocupados demais... Uma pena! Porque não acredito na frase “estou sem tempo”.
É um "eu quero" e um "eu não posso e não quero", a cabeça que fica uma confusão que ... Ufa,  tem que ter um jeito do tempo curar a confusão, que nem Omo tira sujeira das roupas de criança sapeca. Ah, vai passar mesmo! Pode ficar uma lembrança boa ou ruim, ou não ficar nada, nadinha. “O tempo não para”, a cabeça da gente não para, o mundo não para.  E se ele girar, rodar, atravessar, pular e voltar pro mesmo lugar? É como se você não quisesse mudar e ficasse o tempo todo olhando no espelho e enxergasse somente os quilinhos a mais. E cá entre nós, odiamos os quilinhos a mais! Até amor demais estressa. Se não te estressar, te tira do sério.  E se voltar ao tempo te fizer bem e não mal? Aí! Tá vendo eu confundindo tudo de novo?
Sem  empolgação, sem planejar, sem querer, sem desejar, só deixar acontecer. Mas a gente quer fazer acontecer, e é exatamente nestas horas que trocamos os pés pelas mãos, que calçamos as meias trocadas. Mas e se eu quiser andar com as meias trocadas com um pé de uma cor e o outro de outra cor?  E se eu quiser tomar banho de chuva, usar luvas e tirar o óculos de sol? Se a gente se machucar e ficar com medo da chuva, de ser uma pedra sempre parada no mesmo lugar? Ah Raul,  “ dos amores que a vida me trouxe e eu não pude viver (...), e ninguém neste mundo é feliz tendo amado uma vez”.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Quem tem medo do Lobo mau?



Hoje resolvi falar de sexo e luxúria. Pode ser chamado também de um papo mais ousado, para aqueles que preferem andar com uma viseira. Prazer, vamos falar de putaria! É, a maioria das pessoas – e claro que às vezes me encaixo nessa maioria – tem medo de falar de sexo, a palavra proibida. Engraçado como tem gente que fica vermelha, outras preferem não tocar no assunto, “é algo muito pessoal”, e por aí vai. O fato é que o tema chama atenção. Quem nunca quis saber o nome de um sabonete íntimo, um gelzinho, spray do amor, beija bem?! Ou rolou de rir com o filme De Pernas Pro Ar, da Ingrid Guimarães? Sugestivo, não?!

Uma loja de sex shop é algo engraçado, interessante, diria encantador. É meio que descobrir como melhorar o que já é bom! Já reparou que a maioria conhece, sabe onde é, ouviu falar, mas é porque uma amiga ou amigo passou por lá, coisa rápida, sem importância? Existe um tabu, medinho, vergonha em torno do assunto, é só se soltar, se permitir e pronto, a palavra deixa de ser perigosa e passa a ser mágica. Para a vítima, aprenda a fazer a ameaça de correr do Lobo Mau ser divertida.

Já dizia a Tia Marta, “relaxa e goza”! Não há como não gostar de algo que você não conheça, nunca tenha experimentando e tem medo porque nunca viu ou sua religião não permite. Se joga, fofa! O espertinho do Aurélio define luxúria como, lascívia, sensualidade. E cá entre nós, não há homem que resista a sensualidade. Não tem que ficar com medo por ser gordinha, magrinha, fora dos padrões de beleza estipulados pelos outros. A beleza está em outro lugar, que no final das contas a gente acaba encontrando.

Então, use aquele pozinho do amor, passe o gel de morango, fique com quem você gosta ou está afim de um jeito diferente. Ouse. Afinal, todo mundo tem um lado devassa!

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