sexta-feira, 17 de junho de 2011

Faça xixi


E no fim das contas o que é ser feminina? Juro que tenho 24 anos e ainda não descobri isso. Sei que pra ser feminina não posso mijar, tenho que fazer xixi. Mesmo amando usar vestido pra eu realmente ser mulher tenho que usar batom, detestando. Nossa! Muita coisa! Tem que usar perfume suave, falar baixo, ficar com o cabelo escovado 24 horas por dia e sorrir que nem miss. Quando estiver com o peguete, namorado, ficante, como quiser chamar, em uma simples lanchonete a gente tem de ser feminina na hora de pagar a conta, por que? Porque nunca sabemos se é pra rachar a conta ou ficar meiguinha. Em off, eu odeio rachar, sou
machista pra isso.

Próximo passo, mulher nunca, nunca mesmo pode deixar o quarto bagunçado, beber cerveja e comer torresmo vendo um jogo de futebol com as amigas em um bar. Isso é coisa de botinha, não de mocinha. Jamais saia sozinha por querer estar sozinha, chegar aos 30 anos sem um namorado ou marido é ser solteira convicta, ficou pra titia ou tem algo pior por traz. Ao caminhar toda mulher tem que ser sensual, aliás tem que desfilar. Enquanto isso homem pode andar na rua que nem um brucutu e chegar em casa com um cheiro péssimo depois da pelada com os amigos.

Mas a mulher? Esta tem de ser uma Deusa, sempre maquiada, disposta, romântica, educada. Pergunte ao primeiro homem que estiver na sua frente, o que você mais gosta em uma mulher? Uns vão responder seios, mas nem todos olham pros nossos peitos, alguns gostam de sentir nosso cheiro. Mas, convivam com eles, os homens acham não feminino o processo de depilação, hidratação do cabelo, fazer a unha ou ver nossas calcinhas no varal penduradas pra secar. Ainda tem uns, tadinhos, que acham que todas as mulheres do mundo devem usam fio-dental. Coisa ridícula!

Conclusão? A maioria de nós nunca será feminina... acordamos mal humoradas e com bafinho, usamos calcinhas grandes, fumamos, tomamos porre e a maquiagem conseqüentemente irá borrar e sim, nem todas temos os padrões de beleza determinados por eles. É... Para tristeza dos homens machões, nós gostamos de homens inteligentes, aqueles que gostam de ler, conversar e tomar um bom vinho!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

E aí, virou moda?


















De um tempo pra cá não se fala em outra coisa, tudo resolveu virar Bullying. Os apelidos que a maioria de nós ganhou na escola. Isso porque desconheço alguém que nunca teve um apelido que não gostava quando criança, ou virou moda ou é esclarecimento de vários atos violentos que a mídia vem relatando. Penso que não seja exatamente moda, mas que de um tempo pra cá ganhou mais espaço. Conversei com uma pessoa que me contou às conseqüências que isso causou na vida dela. Acredito que várias mulheres têm no Bullying a explicação de muitos traumas atuais.

“Casei sem amor, porque cresci escutado que era gorda e feia. Que nunca arranjaria um marido, um namorado. Foi a coisa mais errada que fiz na minha vida, segurei durante dez anos um casamento com uma pessoas que eu não amava e que não me fazia bem”. Durante a conversa com *Juraci, de 42 anos, bem sucedida, tem duas filhas do casamento infeliz, inteligente e ótima companhia. Ela contou que se casou com seu primeiro namorado por medo da solidão e não consegue se sentir enturmada com as pessoas ou magra, que é como está agora. Após perder 22kg depois de uma depressão ela se olha no espelho e se sente fora dos padrões, as roupas estão caindo mas mesmo assim ela enxerga a *Juraci de 15 ou 20 anos atrás. “No fim das contas obedeci tanto meu marido que hoje tenho dificuldade de escolher a roupa que vai ficar boa em mim ou até coisas mais simples como optar por um determinado canal de TV, sinto que deixei de ter alguém que decida oque é melhor ou não”.

Psicólogos especializados no assunto defendem que as crianças que são vítimas do Bullying muitas vezes não superam totalmente ou parcialmente o trauma sofrido. Um dos motivos é que elas podem crescer com baixa estima, virando um adulto com problemas em relacionamentos, ou assumir um comportamento agressivo no futuro. 

No caso de *Juraci ela ainda não conseguiu superar o trauma dos apelidos que muitas vezes ganhava da própria mãe. Logo, esta dificuldade interferiu em tudo até estreitaram os laços de amizade, não dando oportunidade para que esse assunto seja discutido de uma maneira menos constrangedora, em que ela não sinta vergonha de si mesma. Outro fator que pode ter contribuído é porque *Juraci não se abria com ninguém, só agora que começou a fazer terapia consegue expor sua opinião sobre Bullying.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"De vento e cinza"















A gente não ama duas pessoas na vida, não mora no mesmo lugar duas vezes, não vê o mesmo filme duas vezes com a mesma visão e novidade da primeira. Hoje fiz algo diferente, passei pelas ruas que passava antes, fui à primeira casa que morei em Valadares, olhei para o lugar que claro, já não era o mesmo. Mas não era só o lugar que parecia mais escuro e triste, sem graça. A mudança estava em mim, eu já não era aquela menina que estava descobrindo a faculdade, as festas da boate, aprendendo a andar numa cidade com 200 mil habitantes a mais que minha, pequena e aconchegante. Nesta voltinha percebi o quanto mudei, aprendi a andar sozinha, com as minhas pernas, escolher ás pessoas que quero perto de mim.
Ah, mas como a gente apanha antes, anda com os “amigos” que deveriam estar do lado de lá, dos que nem sempre estão perto, mas estes sim são amigos. Aprendemos coisas que nem sempre estão nos livros que os casais “Eduardo e Mônica” são mais comuns que pensávamos. De repente me peguei lembrando coisas de 4 anos atrás. Roupas que eu nunca usaria, brincos que hoje jamais fariam parte da minha caixinha de bijuterias. A maquiagem que deixou de ser um batom rosa leve para um vermelho sangue, a coca-cola que aos poucos foi substituída por cerveja, sendo elas boas ou baratas. Aliás, parei de tomar o mundo feito coca-cola, comecei a beber o mundo até ficar de porre, me embebedando de coisas diferentes, de tudo que era novidade. Agora já não vou com tanta sede ao pote, é que ao tomar o mundo feito o Lulu Santos descobri que a água pode derramar. Andar devagar, mas andar...
Uma vez li um texto que falava assim: as relações são “de vento e cinza”. Entendi que isso acontece porque primeiro é montada uma fogueira, essa com lenha forte, ou que parece forte, aos poucos o fogo vai fazendo-a desmanchar e sobram cinzas, estas tão leves que o vento carrega. Mas, na verdade nós que somos de vento e cinza. Não botamos lenha para ficarmos da mesma forma a vida inteira. Passamos por mudanças assim como a fogueira, o vento, este é o tempo que sopra lentamente, mas sopra, quando olhamos para traz começamos a enxergar que não sobra mais nada. Aliás, sobram lembranças.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mas que saudades da Amélia















Nunca gostei do dias dos namorados, sempre passei ele sozinha, da mesma forma que a árvore não está rodeada de gente dia 21 de setembro. Nem quando tinha um “pseudo namorado” eu passei com ele. Na verdade passei com um amigo do lado nas barraquinhas da catedral em 2009 e ano passado beijando o Super Bonder na Festa a Fantasia. É... Pelo menos Nando Reis cantava: “ por onde andei quando você me procurara” e meu beijo tinha trilha sonora.
Acho que mulher solteira não gosta do 12 de junho porque morre de medo de ficar pra titia. E na verdade está redondamente enganado quem pensa que as mulheres de hoje estão completamente mudadas, não querem casar, ter filhos. Até ás que pensam assim estão erradas. Todas nós já suspiramos de amor por alguém, ou ainda suspiramos por este alguém. No mês de junho é simplesmente impossível não entrar em uma loja qualquer e ver os coraçõezinhos ou abrir um cartão e deixar de pensar: “ Se eu namorasse daria este” ou “ Como queria dar este cartão para...”. Eu desejo sim, casar, ter filhos, buscá-los na escola e cozinhar para o meu marido. Se amar e querer cuidar é ser Amélia, a Mulher Maravilha que me desculpe, EU QUERO É SER AMÉLIA! Meu diploma não vai estar ao meu lado dizendo que me ama na velhice. Muito menos, me abraçar se eu estiver chorando, precisando de colo. Nunca vi diploma nenhum dar beijo de língua, e mesmo fingindo que não, morre de saudade da gente, do nosso cheiro de mulher. Se as mineiras estudam mais e não querem casar, preciso urgente mudar de estado. Como dizia Tim Maia “eu só quero amar”

domingo, 5 de junho de 2011

As razões deste tal amor...

Falar como criança, manhoso, ficar com cara de bobo. Enxergar o mundo colorido ao seu redor. São sintomas de quem está apaixonado. Amar é uma busca constante por alguém que nos completa, que nos entenda e que possamos dividir as angústias e vitórias. É aquela vontade de ficar perto, dormir agarradinho no frio.
É... Mas, tudo tem um começo, e assim é o amor. A primeira fase é a do cortejo, quando a gente quer conquistar alguém e há uma possibilidade deste interesse ser recíproco. O famoso encontro da alma gêmea, da nossa metade da laranja, segundo psicólogos pode ser considerado o maior objetivo do ser humano. Pois, a vida não tem como sentido, trabalho, estudo, dinheiro. Mas, encontrarmos uma pessoa com quem a gente se identifique, que nos deixe feliz em todos os sentidos, constitua família e corresponda aquilo que se espera.
Por isso, estar apaixonado é algo tão visível! O corpo começa a dar sinais de que o “amor já chegou ao coração”. A primeira alteração é no humor, logo, se estamos mais felizes a sensação que passamos é de bem estar. Porque encontrar alguém que faça parte da nossa vida é uma coisa boa. A relação com nós mesmos passa a ser melhor. A partir daí, o homem e a mulher se enxergam de uma forma positiva. Começam a se arrumar mais, se relacionar melhor com as pessoas ao redor. É... O amor realmente muda tudo!
O friozinho na barriga, a saudade dos apaixonados tem explicação. O frio na barriga é uma reação de expectativa de ansiedade. Será que vai dar certo? O que vai acontecer no encontro? Ou, o medo da perda, a angústia gera este sentimento de quando a pessoa está longe e esperamos o retorno.
Muita gente tem vergonha, ou acha bobagem, mas os apelidos, o jeito meigo de falar também faz parte da relação. Conversar como criança é mais observado na mulher, mas o homem também tende a ficar mais dócil, mais meloso. Quando se fala de amor, falamos de coisas boas que nos remete ao tempo de infância. Quando se fala em prazer novamente estamos brincando. E o prazer é gostoso, é como o brincar infantil. Por isso, quando estamos amando a gente se infantiliza, porque vivemos um momento de liberdade. No amor não há como ser racional, tentar levar um relacionamento sempre de uma maneira lógica e madura é conduzir o namoro ou casamento como um negócio. As pessoas muitas vezes têm medo de se entregar a um amor, com medo de se machucarem, ao sermos racionais não vivenciamos este sentimento. Não damos a oportunidade de curtir esta brincadeira saudável da melhor forma possível. Na realidade é melhor viver um grande amor ao máximo, mesmo correndo o risco de um dia ele acabar. A preocupação deve ser em vivê-lo da melhor maneira possível.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Droga, cresci!

Estava assistindo um canal de TV evangélica a tarde, o pastor falando da diferença da infância de hoje e de ontem. Num é que me encaixei na infância de ontem?! Ah... a década de 90, como ela foi linda, dos chicletes pequenos, dos "quisuques" que com um sachê pequeno faziam 2 litros de suco de groselha. Às vezes penso se as crianças do século XXI aproveitam tanto como eu. Subir no pé de manga, brincar de carrinho de rolemã, bandeirinha, queimada, boneca Barbie, até elas estão perdendo espaço para os brinquedos mais modernos. Meu maior sonho antes era a casa da Barbie, uma mesa da Xuxa. Agora as crianças nem sabem oque é isso, mal cresceram e já querem um Ipod ou Iped, um celular moderno... E sem me gabar, nossas músicas, aquilo sim eram músicas, Trem da Alegria, Balão Mágico, Chiquititas, eu queria ser uma Chiquitita. E como nos filmes americanos vendi limonada na porta de casa. Como cresci em cidade pequena sinto falta de sentar na ponta da fornalha da minha avó pra comer mingau de fubá. Depois meus primos e eu brincávamos com as lenhas rodando e ela gritava: “Menina se você ficar mexendo com isso vai fazer xixi na cama”. Mas que saudade!